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Pesquisa busca voluntários para avaliar impactos da pandemia na saúde mental

Estudo

Pesquisa busca voluntários para avaliar impactos da pandemia na saúde mental

Objetivo é conhecer como a pandemia - e suas implicações - poderá impactar o desenvolvimento de doenças psíquicas

Para verificar a ocorrência de doenças psíquicas e como diagnósticos prévios dessas doenças estão diante da pandemia, o estudo “Influência da Covid-19 na Saúde Mental da População Brasileira e de seus Profissionais de Saúde” busca por voluntários. Qualquer adulto brasileiro pode participar, por meio de questionário online disponível neste link. O questionário traz perguntas sobre a história de vida, saúde, hábitos, sentimentos e comportamentos de antes e durante a pandemia.

Mais de 3 mil pessoas já responderam ao questionário, mas é necessário ter um número ainda maior. De acordo com Débora Marques de Miranda, professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG e membro da equipe do estudo, a população deve ser representativa quanto às diferentes regiões, gêneros e as diversas situações da pandemia. “Nossas cidades e estados são muito heterogêneos quanto ao número de casos, letalidade ou mesmo quanto à forma de enfrentamento. É importante saber como está sendo um impacto nesses diversos cenários”, lembra. 

A professora reforça, ainda, que este é um “momento agudo da vivência do estresse e é importante observamos se houve impacto”. Assim, além de verificar os quadros de ansiedade, depressão e estresse pós-traumático já esperados devido à pandemia, será avaliado como pessoas com diagnósticos prévios estão lidando com este fator estressor. A realização do estudo é uma parceria entre a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Associação Brasileira de Impulsividade e Patologia Dual (ABIPD) e a Faculdade de Medicina da UFMG. 

Resultados

A coleta das respostas será interrompida quando houver redução do número de casos e óbitos por covid-19. Por isso, ainda não há uma data de conclusão do estudo. Ao término, será feita uma síntese de evidências e publicada em revistas nacionais e internacionais indexadas. 

Segundo a professora Débora, os resultados servirão “de suporte às decisões de instituições públicas e serão comparáveis aos dados de outros países”. “A comparação pode ser, inclusive, importante para conhecermos particularidades de países como o Brasil, considerados de renda média ou baixa”, destaca. 

Ela informa, ainda, que os participantes recebem um relatório como retorno sobre seu quadro, desde que manifeste o interesse. Além disso, o estudo incluirá na análise as respostas dos mesmos participantes após seis, 12 e 18 meses, pois é possível que os impactos da pandemia perdurem, minimizem ou só apareça tempos depois de se encerrar, como explica a pesquisadora.

(Com Faculdade de Medicina)