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Campus Saúde lança campanha contra assédio

CONSCIENTIZAÇÃO

Campus Saúde lança campanha contra assédio

Lançada na última segunda-feira (26), campanha “Assédio é crime, não se cale” visa conscientizar a comunidade sobre o crime e como denunciá-lo

As frases acima chamam atenção para situações que caracterizam o assédio e compõem os cartazes que serão afixados pelas unidades do campus Saúde da UFMG. No ambiente virtual, uma cartilha online está disponível para a comunidade, com informações sobre o crime e como denunciá-lo. A ideia é ocupar todos os lugares por meio da campanha “Assédio é crime, não se cale”, lançada nesta segunda-feira, 26 de novembro, pela Comissão do campus Saúde da UFMG, junto ao Coletivo de Mulheres Alzira Reis, diretórios acadêmicos e setores de comunicação do campus.

As ações de cunho educativo serão reiteradas nos próximos dias nas redes sociais e com flayers que serão distribuídos a alunos, funcionários, professores e comunidade que circula pelo campus. De acordo com a vice-diretora da Faculdade de Medicina da UFMG, professora Alamanda Kfoury, a campanha é uma resposta aos atos de assédios que foram relatados há alguns meses na página do Coletivo de Mulheres Alzira Reis, composto principalmente por alunas da Faculdade.

“O número de casos nos assustou e diz respeito a todo o campus. Sabemos que situações como essa fazem parte do contexto social, mas não podemos deixar que isso ocorra, principalmente, em espaços que são de formação, de construção e de conhecimento”, ressalta.

A estudante de medicina e membro do Coletivo, Juliana Arruda, comenta que a intenção é colocar o tema em evidência para que as pessoas percebam as relações de assédio. “Elas precisam saber que atos desse tipo não são impunes e que existem formas de denúncia”, completa. O que é assédio, como identificar e denunciar são informações que constam na cartilha e que ajudam a empoderar quem passa por essa situação.

A criação da campanha, em processo coletivo, uniu alunos e representantes das unidades do campus, que se mobilizaram para coletar informações e poder orientar as vítimas. De acordo com Juliana, o Coletivo buscou a ajuda de ONGs de direitos humanos, que auxiliaram em relação às leis, processos e espaços de denúncias para o crime. “Apresentamos a situação à Congregação da Faculdade, órgão máximo da Instituição, e temos nos reunidos com o Centro de Comunicação Social e outras unidades para construir a campanha”, acrescenta.

Cronograma

Além dos cartazes e da cartilha, integrantes dos diretórios acadêmicos e do Coletivo irão se mobilizar, no início de dezembro, para a distribuição flayers educativos em todas as unidades do campus.  Segundo a vice-diretora, a intenção é que as ações sejam permanentes. “Só conseguimos transformar com a educação. É uma vigilância constante e precisamos sinalizar o que é inaceitável”, ressalta.

Por isso, o material também será entregue aos alunos novatos, no início do próximo ano. Eventos que promovem a conscientização sobre os diversos tipos de assédio e inclusão também fazem parte de ações previstas para o próximo ano.  “Precisamos orientar as pessoas sobre os espaços de denúncia, o que fazer diante uma situação de assédio e sinalizar que a instituição não compactua com essas situações”, conclui.

Realização

A campanha “Assédio é crime, não se cale” é realizada pela Comissão do campus Saúde da UFMG, com a equipe de trabalho do Centro de Comunicação da Faculdade de Medicina e colaboração da Unidade de Comunicação do Hospital das Clínicas da UFMG; Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem da UFMG; Coletivo de Mulheres Alzira Reis, Diretório Acadêmico Alfredo Balena (DAAB); Diretório Acadêmico Marina Andrade Resende (Damar); Diretório Acadêmico de Fonoaudiologia da UFMG (DA Fono), Diretório Acadêmico Marie Curie (Damc); Diretório Acadêmico de Nutrição da UFMG (Danut) e Diretório Acadêmico Gestão de Serviços de Saúde UFMG (Dagess).