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Cães levam alegria às crianças internadas

Emoção

Cães levam alegria às crianças internadas

Elas deixaram por alguns minutos os seus leitos para carinhosamente receberem a visita de três cachorros do projeto "Amigos Para Cachorro"

Cerca de 50 crianças internadas no Hospital das Clínicas da UFMG, administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), tiveram uma manhã diferente no último sábado (6). Elas deixaram por alguns minutos os seus leitos para carinhosamente receberem a visita de três cachorros do projeto "Amigos Para Cachorro", da Escola de Veterinária da UFMG em parceria com o hospital. A ação, que se baseia na terapia assistida por animais, que visa diminuir a ansiedade e melancolia, proporcionou alegria e descontração aos pacientes da Unidade de Pediatria.

A visita contou com a presença de três cachorros: Lost, da raça golden retrivier; Bisteka, uma yorkshire; e a labradora Teka. Os animais chegaram acompanhados pela equipe do projeto, seus tutores e um adestrador. Antes de encontrarem com as crianças, eles tiveram suas patas higienizadas com álcool para evitar qualquer prejuízo à saúde dos pacientes.

As crianças foram reunidas no refeitório da unidade. Quando os cachorros apareceram foi um alvoroço coletivo. O encontro teve direito a fotos e brincadeiras com os pets e muito carinho. “Ele estava bem mal-humorado por ficar no hospital, mas depois que veio ver os cachorros, ficou numa alegria só”, contou Sirley Chaves de Souza, mãe de Francisco, um dos pacientes. Os animais também foram motivo de euforia entre a equipe médica, que se emocionou com a reação das crianças.

“Quando uma criança fica internada, ela foca muito na doença e na dor. Essa experiência de brincar com o cachorro é legal, porque traz alegria, melhora o humor e diminui a depressão. Isso tem um efeito importante para enfrentar a doença”, afirmou a superintendente do Hospital das Clínicas, professora Andrea Maria Silveira.

Seleção

O processo de seleção dos animais ocorreu em duas etapas. Inicialmente, foram selecionados cães com temperamento dócil. Em seguida, foi realizada uma avaliação clínica para checar se todas as vacinas e a vermifugação estavam em dia. “Os exames são feitos para que não haja risco às crianças imunodeprimidas ao entrar em contato com os cachorros”, esclareceu a coordenadora do projeto, a professora Maria Isabel de Azevedo.

A Terapia Assistida por Animais (TAA) é uma opção de terapia alternativa usada em diversos tratamentos que utiliza o laço humano-animal no aprimoramento da saúde do paciente.  Para avaliar os resultados, foram entregues questionários aos pais, médicos e enfermeiros previamente e posteriormente à visita, com o objetivo de aferir possíveis melhoras no comportamento e bem-estar dos pacientes.

Redação: Vivian Mota com supervisão de Luna Normand