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Mutirão atende pacientes com sinais de demência

Ação

Mutirão atende pacientes com sinais de demência

Especialistas realizam força-tarefa na próxima quinta-feira (3); serão distribuídas 200 senhas pela manhã e 200 à tarde para idosos moradores de Belo Horizonte

O Brasil passa por um rápido processo de transição demográfica e sua população vem envelhecendo velozmente. Atualmente, há cerca de 28 milhões de idosos (13,5% da população brasileira) e, em apenas 10 anos, este número deve saltar para 38,5 milhões (17,4% da população). Com isto, mudou o padrão de adoecimento, com a redução das doenças infecto-contagiosas e o aumento das crônicas não transmissíveis, como por exemplo, o Alzheimer. Pensando nisto e na dificuldade de acesso ao diagnóstico e tratamento, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – Seção Minas Gerais (SBGG), o Núcleo de Geriatria e Gerontologia da Universidade Federal de Minas Gerais e o Centro de Referência em Saúde do Idoso e da Mulher do Hospital das Clínicas da UFMG, realizam o Mutirão de Diagnóstico de Demências na próxima quinta-feira (3). Serão atendidos, ao todo, 400 pacientes, sendo 200 pela manhã e 200 no turno da tarde. Para participar, é preciso realizar cadastro prévio obrigatório (Nome completo, documento de identidade e cartão do SUS), via e-mail mutiraogr@gmail.com (necessária confirmação) ou por telefone: 3226 2386, das 10h às 16h.

De acordo com o presidente da SBGG MG e médico do HC-UFMG, Marco Túlio Gualberto Cintra, as demências são um grupo de doenças que afetam um ou mais domínios da cognição, como por exemplo, a memória, a linguagem, entre outros, de forma irreversível e progressiva, resultando em acometimento das atividades diárias. O Alzheimer é a principal forma de demência. “Elas tornam o idoso dependente para ações antes habituais ou corriqueiras, como ir ao banco, manejar as finanças, tomar medicamentos, andar na rua e encontrar o caminho de volta para casa”, exemplifica.

Cintra afirma que, o grande desafio é o diagnóstico precoce dos quadros demenciais. Em Belo Horizonte, estima-se um atraso de três anos entre o início dos sintomas de demência de Alzheimer e o diagnóstico. “Apesar de não ter cura, o tratamento hoje disponível, lentifica o curso da doença. A identificação tardia priva o paciente do tratamento que é mais eficaz nas formas mais precoces. E o mais importante, uma das duas classes farmacológicas aprovadas para demência de Alzheimer, os anticolinesterásicos, é disponibilizado pelas secretarias estaduais de saúde de forma gratuita no Brasil”, reforça.

Treinamento

Na quarta-feira (2), ainda irá acontecer o treinamento para 50 médicos da atenção primária, para capacitação de profissionais da rede de saúde de Belo Horizonte no diagnóstico de demência. O objetivo é melhorar o acesso ao atendimento da população. Inscrições neste link. 

Dados

No mundo há atualmente 50 milhões de pessoas com demência;
Em 2050, a projeção é de 150 milhões;
Impacto global do custo é de cerca de 818 bilhões de dólares;
Em 2030, a previsão é que alcance 2 trilhões de dólares;
A maior parte dos casos está em países subdesenvolvidos;
Brasil tem, aproximadamente, 1,6 milhões de pessoas com demência;
A doença de Alzheimer representa 60% dos casos;
Existem ainda as demências vasculares, por Corpos de Lewy, fronto-temporal, e pela doença de Parkinson, entre outras.

Sintomas

Perda de memória recente;
Limitação na realização de atividades de vida diária, como controle de finanças e uso de medicamento;
Esquecimento de datas relevantes, como aniversários, compromissos em família

Alteração de comportamento, como irritabilidade excessiva e agressividade.

Serviço

Data: 3 de Outubro

Local: Centro Mais Vida. Alameda Vereador Álvaro Celso, 117 - Centro, BH

Forma de atendimento: 400 vagas para idosos acima de 60 anos, residentes em Belo Horizonte. Sendo 200 para o período da manhã e 200, tarde. 

Horário limite para atendimento: 7h as 10h e 13h às 15:30h. Ordem de chegada.