Notícias Notícias

Voltar

HC estuda impacto do programa de exercícios físicos em pacientes pós-covid-19

pesquisa

HC estuda impacto do programa de exercícios físicos em pacientes pós-covid-19

Projeto tem parceria com o Lika-UFPE, o Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz-PE) e o Real Hospital Português

Os pacientes com doenças crônicas não transmissíveis curados da covid-19 que ficaram internados na Enfermaria e na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas da UFPE estão fazendo parte de um projeto que alia assistência com pesquisa científica para avaliar o efeito dos exercícios físicos supervisionados domiciliares nos fatores imunológicos, no estilo e qualidade de vida, na função cardiorrespiratória e microbiota intestinal de quem se curou da covid-19. O HC é unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

O projeto de pesquisa  “Reabilitação e monitoramento dos efeitos e da evolução clínica de pacientes infectados com o novo coronavírus (Sars-Cov2) associado a doenças crônicas não transmissíveis submetidos a um programa de exercícios físicos supervisionados: fatores imunológicos, função cardiorrespiratória, microbiota e qualidade de vida” é interdisciplinar e conta com a participação de médicos de várias especialidades (Oncologia, Cardiologia, Cirurgia, Clínica Médica e Nefrologia), nutricionistas, profissionais de Educação Física, farmacêuticos, biomédicos, fisioterapeutas e enfermeiros.  Além do HC, participam o Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (Lika) da UFPE, o Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz-PE) e o Real Hospital Português.

O projeto começou a funcionar na primeira semana de novembro e tem uma série de atividades. “Fazemos a anamnese (entrevista para chegar ao diagnóstico), explicamos o projeto, fazemos a coleta sanguínea para análise da imunologia e bioquímica, realizamos testes motores e da função cardiorrespiratória, fazemos avaliação antropométrica (verificação de peso, altura, circunferência de cintura e circunferência de quadril, entre outros), análise da microbiota intestinal (os micro-organismos que habitam o trato gastrointestinal) e montamos um programa de exercício físico supervisionado domiciliar por meio de videochamadas”, explica o coordenador do projeto e chefe da Unidade de Promoção de Saúde e Qualidade de Vida do HC, Paulo Roberto Carvalho. 

A ideia é que os pacientes sejam acompanhados por cerca de três meses. “Neste período, eles farão 32 sessões supervisionadas de exercício físico domiciliar e serão submetidos a três análises sanguíneas e de microbiota: sendo no início (antes da primeira sessão de exercício), após a 16ª sessão e após a 32ª sessão. Eles receberão alta, se estiverem bem. Caso precisem de mais tempo, continuaremos com o programa”, completa Paulo Roberto.

Esse projeto dialoga com o Núcleo de Reabilitação Pós-UTI Covid também do HC. “Após a reabilitação desse paciente, ele vem para o programa continuar a recuperação com o exercício físico, tendo como objetivo criar hábitos regulares da prática de exercício físico nessas pessoas. No nosso programa, também investigamos a inflamação e a microbiota intestinal, já que há estudos que indicam que ela apresenta papel fundamental para a manutenção e saúde do organismo”, afirma Paulo Roberto.

Imagens:

Texto: Moisés de Holanda | Fotos e edição: Raítza Vieira