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Entrevista: superintendente fala do enfrentamento institucional ao coronavírus

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Entrevista: superintendente fala do enfrentamento institucional ao coronavírus

A superintendente do Hospital de Clínicas, Ana Lúcia de Assis Simões, concedeu entrevista à Web Rádio “Nas Nuvens”, da UFTM, na manhã de 7 de abril. Confira um resumo dos principais tópicos abordados (vídeo com a íntegra ao final deste texto:

 

O HC-UFTM já vinha monitorando a questão do coronavírus desde janeiro, e instituiu um Comitê de Enfrentamento Institucional ao vírus em fevereiro. Dentre as principais medidas tomadas pelo Comitê, até o momento, destacam-se:

  • Criação do Manual de Normas e Rotinas Administrativas do HC para enfrentamento ao coronavírus;
  • Organização de rotinas e protocolos assistenciais específicos para o atendimento de casos suspeitos;
  • Criação de vídeos educativos sobre paramentação e desparamentação, higienização das mãos e método de intubação específico para os casos de Covid-19, já amplamente divulgados nos canais oficiais do HC;
  • Criação de itinerários de fluxo de pacientes para a fase de transmissão sustentada da doença, estabelecendo áreas exclusivas de circulação para esses casos, nos três andares do HC, de modo a restringir as chances de contaminação de outras áreas, ao receber pacientes com Covid-19.
     

Medidas do Hospital para manter-se como ambiente seguro para os demais pacientes, quando passar a receber pessoas com Covid-19:

  • As áreas em que os pacientes serão alocados foram estrategicamente pensadas, de modo a evitar o trânsito desses pacientes por pontos desnecessários;
  • Existe protocolo de transporte seguro, de modo a reduzir o risco de contaminação dessas áreas através das quais o paciente com Covid-19 será transportado ao chegar ao Hospital;
  • Há equipamentos móveis que podem ir ao setor de internação para realizar exames nesses pacientes, de modo que eles não necessitem se deslocar dentro da instituição;
  • Serão atendidos por equipes exclusivas, de modo a evitar também o trânsito de profissionais entre o setor de atenção à Covid-19 e os setores onde estão os demais pacientes do HC.
     

Mudanças já colocadas em prática, no atendimento aos pacientes em geral do HC, como forma de favorecer o isolamento social preventivo e preservar aqueles que estão internados:

  • Suspensão das consultas ambulatoriais, exceto nos casos de pós-operatório, pacientes com câncer e gestantes, sem gerar dispensa desses profissionais assistenciais, que são remanejados para outros pontos da assistência no Hospital;
  • Redução do número de visitantes e tempo de visita nas unidades assistenciais, tendo sido mantidas apenas nas UTIs e PS, e por tempo reduzido;
  • Suspensão de visita de grupos externos, como voluntários;
  • Suspensão de cirurgias eletivas.
     

Quanto aos cuidados dispensados ao trabalhador do Hospital, destacam-se:

  • Teletrabalho para gestantes e pessoas com mais de 60 anos que atuam nas áreas administrativas;
  • Suspensão do trabalho dos menores aprendizes;
  • Intensa redução do contato, com adoção de reuniões por videoconferência, suspensão da tramitação de processos em papel, estímulo ao trabalho sem ar condicionado, com janelas e portas abertas nas áreas administrativas;
  • Reforço da noção de que é essencial higienizar as mãos após o contato com qualquer tipo de superfície;
  • Disponibilização da cantina do Institutos de Pesquisa da UFTM como área de descanso para os trabalhadores do HC, observadas todas as precauções que evitem proximidade entre as pessoas;
  • Criação de teleatendimento com psicólogos da instituição, para ajudar a mitigar a ansiedade comum a um cenário que pode ser caracterizado pelo ineditismo e por incertezas;
  • Também foi criado atendimento psicológico presencial em grupo, na área de convivência do HC, que é um pátio ao ar livre, com restrição no número de participantes e todos os cuidados para evitar a proximidade desnecessária entre esses trabalhadores.
     

Sobre a disponibilidade de Equipamentos de Proteção Individual:

  • Necessidade de racionalizar o uso de EPIs, dentro das melhores normas de segurança ao paciente e ao trabalhador;
  • Produção de protetores faciais que permitem ampliar o uso das máscaras N95 por até 15 dias, desde que preservadas limpas e íntegras, em plena conformidade com o que adotam outros hospitais de referência em todo o país, nesse momento de excepcionalidade;
  • Colaboração da comunidade, por meio de doações de itens como aventais cirúrgicos, luvas, máscaras cirúrgicas e N95, óculos de proteção, papel toalha, touca e álcool 70%.
     

Como a população ou as empresas podem ajudar a mitigar a escassez desses insumos?

  • O Hospital não recebe doações em dinheiro;
  • O desabastecimento é uma questão de falta de fornecedores, e não falta de recursos por parte do Hospital;
  • Os itens (aventais cirúrgicos, luvas, máscaras cirúrgicas e N95, óculos de proteção, papel toalha, touca, álcool 70%) podem ser entregues no Setor de Supriimentos, localizado à Rua Capitão Domingos, 50, de segunda a sexta, das 8h às 16h.
  • É emitida declaração de doação.
     

Papel do HC-UFTM no contexto regional de atendimento à Covid-19:

  • O hospital é referência para receber gestantes e neonatos com suspeita de Covid-19;
  • Para o atendimento da população em geral, é o segundo hospital de retaguarda do município, sendo a referência o Hospital Regional e a primeira retaguarda o Hospital Mário Palmério;
  • O HC-UFTM continua atuando normalmente as urgências e emergência de alta complexidade, sendo referência para Uberaba e mais 26 municípios;
  • De imediato o HC-UFTM conta com 50 leitos para o atendimento de complicações respiratórias decorrentes da Covid-19. Dentro de 30 dias, pode-se agregar mais 10 leitos a esse número e, em 60 dias, se necessário, readequar-se outros leitos para atender especificamente a essa demanda, perfazendo 72, no total.
Unidade de Comunicação HC-UFTM