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HC-UFTM utiliza simulações para capacitar equipes de enfermagem

Assistência

HC-UFTM utiliza simulações para capacitar equipes de enfermagem

Com o intuito de aumentar o bem-estar e a segurança dos pacientes, o Hospital de Clínicas da UFTM tem aprimorado as competências de seus profissionais, com foco na prevenção de lesões por pressão (LPP).

Um curso está envolvendo os técnicos de enfermagem da instituição em aulas teóricas e práticas, com simulações realísticas. A iniciativa foi realizada pelo Serviço de Educação em Enfermagem (SEE).

A meta é capacitar 424 profissionais. Até o momento, foram compostas 14 turmas, distribuídas entre os três turnos de trabalho, totalizando 211 alunos. Iniciada no dia 8 de julho, a ação pedagógica se estende até 19 de setembro.

“Em cursos de graduação, o uso de simulação está consolidado. Mas na educação permanente, oferecida a pessoas que já estão no mercado de trabalho, isso ainda é incipiente. Esse curso é uma experiência inovadora na Rede Ebserh”, contextualiza a enfermeira Aldenora Laísa de Carvalho Paiva Cordeiro, coordenadora do curso.

Para os exercícios de simulação, foram criados três cenários que imitam a realidade vivenciada pelos técnicos de enfermagem. Além de habilidades técnicas, a atividade incentiva o trabalho em equipe, o gerenciamento de crises e o raciocínio clínico em momentos críticos.

“A LPP é considerada um dano à saúde causado pela assistência. Essas lesões têm um impacto para o paciente, a família e o acompanhante. A ideia é que os técnicos de enfermagem saiam desse minicurso com reflexões e apliquem na prática profissional o que aprenderam, buscando a melhoria da assistência”, descreve Rosana Huppes Engel, enfermeira do SEE.

 

Situações

A primeira simulação retratou o caso de uma paciente com aneurisma cerebral que apresentava alto risco de desenvolver lesão por pressão. A segunda girou em torno da prevenção de lesão por dispositivo médico em um recém-nascido. Já a terceira se baseou na história de uma mulher com deficiência motora que apresentava quadro infeccioso.  

“Os participantes têm relatado que gostaram bastante do curso, principalmente porque têm a possibilidade de ver casos que não vivenciaram na prática. Isso é muito importante, pois se você trabalhar a prevenção, acaba diminuindo a hospitalização”, avalia Giselle Vieira de Souza, enfermeira residente que atuou como instrutora nas simulações.       

O curso também contou com um júri simulado: técnicos de enfermagem julgaram o caso fictício de uma família que entrou na Justiça contra uma instituição hospitalar, alegando lesão corporal decorrente da má assistência. “O júri trabalha principalmente competências éticas. Com essa atividade, finalizamos a capacitação”, complementa Rosana.

Maria Antônia Fonseca, técnica de enfermagem do HC, aprova o método de ensino utilizado. Para ela, a interatividade foi o ponto mais importante. “Esse curso foi diferente, visto que participamos ativamente do processo. Estivemos dentro da ação. Com essa dinâmica, o aprendizado é bem maior”, opina.   

O curso faz parte das metas estabelecidas pelo HC-UFTM para prevenir as lesões por pressão. “Após o curso, fazemos um estudo para avaliar se houve, na prática, redução da incidência de LPP. Mais do que uma capacitação, essa iniciativa é uma ferramenta de gestão”, conclui Thaís Santos Guerra Stacciarini, enfermeira do SEE.

Maquiagem simula LPP em paciente fictício.

Simulação de cuidado neonatal com risco de lesão.

Júri simulado. Fotos: Ethiene Fonseca/HC-UFTM

Unidade de Comunicação HC-UFTM