Toda quarta-feira, Ângela, Silvania, Jane e Gabriela se reúnem bem cedo na Associação dos Voluntários (AVHC) para preparar o café da manhã que logo será servido a pacientes ambulatoriais do Hospital de Clínicas da UFTM. Além da disposição para fazer o bem, essas quatro mulheres têm outra coisa em comum: os laços familiares.

Ângela Michel e Silvania Borges são primas de Jane Pantaleão, mãe de Gabriela. Mais que uma oportunidade de serem solidárias, a Associação propiciou-lhes o resgate da convivência familiar. “Com o tempo, cada um vai constituindo sua família e fica mais distante. Ter a oportunidade de se unir de novo é muito bom. Viramos uma comunidade”, comemora Jane.

Mas se engana quem pensa que o trabalho é só diversão. Por trás das risadas e do papo descontraído, existe muita dedicação para conciliar vida pessoal e as atividades desenvolvidas na AVHC. Mesmo assim, elas não se queixam, e só esperam uma coisa em troca: ver a alegria no rosto das pessoas.

“Uma vez, chegamos até um senhor e perguntamos se ele aceitava um café. Depois que terminou, ele veio até mim e disse que a forma como a gente trabalhava era muito bonita. Em agradecimento, ele me deu um sabonete. É um gesto simples, mas para mim foi incrível esse reconhecimento. Nesses momentos você vê que o seu esforço vale a pena”, relembra Gabriela Pantaleão.

Superação

Os projetos da Associação fazem bem não apenas para a comunidade. De acordo com Silvania Borges, o trabalho voluntário foi muito importante durante seu processo de luto. Antes de ingressar na AVHC, ela enfrentava um momento difícil, devido ao falecimento de sua mãe.

“Quando surgiu o convite da minha prima, Jane, para trabalhar na Associação, eu estava isolada, quase entrando em depressão. Não queria mais sair de casa. Trabalhar como voluntária me curou. Hoje quero fazer mais coisas pelo outro, me envolver em mais atividades”, conta Silvania.

Esse desejo de ajudar ao próximo também é compartilhado por Ângela Michel. Há mais de oito anos na AVHC, ela afirma que o voluntariado se tornou parte importante de sua vida. “Não me vejo sem estar aqui auxiliando. A Associação faz um bem enorme para todos os pacientes do Hospital. O ser humano precisa muito disso: de amor”, finaliza Ângela.

A AVHC está de portas abertas para quem quiser ajudar. Se você tem vontade de se tornar voluntário, entre em contato com a Associação pelos telefones (34) 3321-9569 ou 3336-5878. A instituição está localizada no bairro Abadia, Rua da Constituição, n.º 1032. 

Fotos: Ethiene Fonseca/HC-UFTM