Atenção à Saúde
Hospital Dia
VITILIGO
VITILIGO
O vitiligo é uma doença não contagiosa que ocorre na pele, fazendo com que haja uma diminuição dos melanócitos nos locais afetados, as células responsáveis pela produção do pigmento natural da pele – a melanina. Ao perder a pigmentação original, a pele do paciente apresentará manchas brancas, que podem espalhar-se por todo corpo, sem ter necessariamente uma regularidade em forma e tamanho. A textura da pele não se altera, apenas a sua coloração.
As causas do vitiligo ainda não foram precisamente encontradas, mas uma das teorias mais aceitas é a de que o vitiligo seja provocado pelo sistema imunológico do corpo, quando este entende erroneamente que deve destruir as células que produzem o pigmento de coloração da pele (melanócitos). O sistema imunológico é responsável pela defesa do organismo, mas quando está alterado, pode agir de modo contrário à sua ação esperada, causando as doenças chamadas de autoimunes.
O aparecimento do vitiligo não está associado à idade, gênero ou qualquer outra característica do ser humano. Ele aparece em pessoas de todas as idades e de ambos os sexos, não apresentando, portanto, incidência em grupos de risco, mas observa-se a tendência genética de novos casos em famílias que já apresentaram a doença no decorrer das gerações. Para se ter uma ideia mais precisa do quanto a doença afeta uma população, nos Estados Unidos ela atinge uma em cada cem pessoas, ou seja, a proporção pode ser considerada elevada.
A doença pode estar associada a outras doenças autoimunes: doença de Addison, diabetes mellitus tipo 1, hipertireoidismo e anemia perniciosa. Embora quem apresente uma dessas quatro doenças tenha uma chance mais elevada de desenvolver vitiligo, não é certo de que isso ocorra, apenas uma probabilidade mais acentuada.
Embora não haja cura, existem diversos tratamentos para cada caso da doença.
Fototerapia
No tratamento com fototerapia UVA ou UVBnb, o paciente com vitiligo tem a pele exposta à luz ultravioleta de modo cuidadoso, com ou sem a ingestão de medicamento para aumentar a sensibilidade da pele à luz, a fim de pigmentar as áreas atingidas.
Tratamentos tópicos e sistêmicos
O uso de medicações tópicas e sistêmicas mais usadas para tentar conter o avanço das manchas e pigmentar a região afetada são as pomadas e loções, comprimidos ou injeções de agentes imunossupressores, corticosteróides e psoralenos, dentre outros.
Cirurgia
Há a possibilidade de transplantar os melanócitos. A técnica remove pequenas porções da pele afetada e enxerta em seu lugar uma pele pigmentada do próprio paciente.
Despigmentação Total
Em casos extremos, a despigmentação do corpo todo para igualar o tom branco pode ser feita. Caso o paciente opte pelo tratamento mais radical da doença (despigmentação total), deve estar ciente de que estará mais propenso aos danos causados pelos raios solares, pois a pele clara é mais suscetível a queimaduras e desenvolvimento do câncer de pele. O uso de bloqueador solar é indispensável sempre.
Acompanhamento emocional
O dermatologista pode orientar o paciente a um acompanhamento psicológico, pois muitas vezes a doença tem um impacto considerável sobre o fator emocional, o que leva a uma baixa de autoestima, inibição social, problemas ao se relacionar, dentre outros. Além disso, sabe-se que o aparecimento ou a piora da doença pode estar relacionada a fatores emocionais e se o paciente souber lidar melhor com o fator desencadeante do stress, a doença pode melhorar consideravelmente.
A evolução da doença é variável e impossível de ser determinada com precisão. Mesmo se submetendo aos tratamentos, o paciente deve estar ciente de que podem surgir novas áreas despigmentadas, mesmo que algumas áreas afetadas já tenham recuperado a pigmentação ao serem tratadas. Áreas repigmentadas podem apresentar coloração não idêntica ao tom natural do paciente e a perda de pigmento pode agravar-se futuramente.
http://rafaelasalvato.com.br/dermatologia/tratamento-vitiligo-santa-catarina-florianopolis/
http://www.scielo.br/pdf/abd/v79n3/v79n3a10.pdf
http://www.unifil.br/portal/arquivos/publicacoes/paginas/2012/8/485_746_publipg.pdf
Elaborado por: Nayara Nery Carnevali
Revisado por: Cátia A. Lopes Nazareth e Rita de Cássia de Souza Silva
Hospital Dia - UFJF