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Hospital de Clínicas de Uberaba discute a importância de se antecipar aos riscos
Hospital de Clínicas de Uberaba discute a importância de se antecipar aos riscos
No evento, foram abordados temas como tecnologia, auditoria interna e processos administrativos
Uberaba (MG) – Contribuir com a gestão de risco e melhorar a qualidade hospitalar foram os propósitos do 1º Simpósio de Gestão de Riscos do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), realizado no dia 10 de novembro. O evento foi uma iniciativa do Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente.
“Estamos passando pela Semana Mundial da Qualidade, o que nos faz pensar sobre a importância deste assunto em uma empresa. Precisamos de uma gestão de riscos, assistenciais ou financeiros, para criarmos uma cultura de excelência”, avaliou a gerente de Atenção à Saúde, Geisa Gomide.
A auditora do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí, Antônia Danielle de Araújo, abriu a rodada de palestras com o tema “A importância das Tecnologias de Informação na gestão de risco hospitalar”. A TI colabora no gerenciamento de riscos ao ser usada como ferramenta de controle e na criação de softwares, como o Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU). “Diminui-se o risco de erros, pois os sistemas são automatizados”, destacou.
Os erros comuns nos sistemas, como falhas na implantação, softwares sem regras precisas e ausência da cultura de segurança da informação também foram pontuados. “O que falta, também, é a interação entre os hospitais. Às vezes, um sistema é manual em um complexo, enquanto em outro é automatizado”, finalizou a auditora.
Simone Gimenes, gerente de Operações de Apoio do Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU), abordou “Gestão de risco e auditoria interna”. Segundo a gerente, apenas 43% dos hospitais privados trabalham a gestão de risco. Por meio de planilhas reais do controle de estoque do MPHU, Gimenes exemplificou os desafios da saúde financeira de um hospital privado.
A assessora de qualidade e estratégia da Unimed Uberaba, Júlia Cristina Silva, foi a última a apresentar-se, tratando o tema “Gestão de risco nos processos administrativos”. Para ela, alguns dos sintomas da ausência de gestão de risco são a insuficiência do caixa, indicadores imparciais, fraudes e ineficiência de processos. “Estima-se que, por ano, no Brasil, R$ 8 bilhões vão para o lixo e 65 mil pessoas morrem pela falta de prevenção de eventos adversos”, quantificou.
Para ela, é preciso seguir alguns passos para implementar a gestão de risco numa organização, como analisar o contexto da empresa, identificar riscos e monitorar resultados. “Temos que gastar tempo no planejamento e não só na execução”, recomenda a assessora. Encerrando o Simpósio, as palestrantes compuseram uma mesa-redonda e responderam dúvidas dos participantes.
Fizeram parte da Mesa Diretiva a reitora da UFTM, Ana Lúcia Simões, o superintendente do HC, Luiz Antônio Pertili, a gerente de Atenção à Saúde, Geisa Gomide e o gerente Administrativo, Augusto César Hoyler.
Sobre a Ebserh
Desde janeiro de 2013, o HC-UFTM é filiado à Ebserh, estatal vinculada ao Ministério da Educação que administra atualmente 39 hospitais universitários federais. O objetivo da Rede Ebserh é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.
O órgão, criado em dezembro de 2011, também é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações nas 50 unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.