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Hospital Universitário de Brasília reforça controle de infecções na UTI

Projeto Nacional

Hospital Universitário de Brasília reforça controle de infecções na UTI

Hospital inicia implantação de pacotes de medidas do Ministério da Saúde sobre melhores práticas

Brasília (DF) – Por problemas nos rins e complicações de uma pneumonia, Maria Recilandia Ribeiro precisou ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário de Brasília (HUB), vinculado à Universidade de Brasília (UnB) e à Rede Ebserh. “Os profissionais são competentes e me falam tudo o que vão fazer comigo”, conta. Durante a permanência dela na UTI, a equipe tem preocupação especial com a cabeceira do leito, que deve ficar elevada para dar mais conforto e evitar complicações.

Mesmo simples, a medida – em conjunto com outras ações – ajuda a reduzir a taxa de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV). Esse é um dos objetivos do projeto colaborativo “Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil”, do Ministério da Saúde, que ainda inclui iniciativas voltadas à infecção da corrente sanguínea associada ao uso de Cateter Venoso Central (CVC) e à infecção do trato urinário (ITU). A meta é reduzir 50% desses três tipos de infecção nas UTIs até 2020.

O assunto ganhou reforço no final de abril, durante o segundo encontro nacional do projeto, que contou com a presença de aproximadamente 500 pessoas das 120 instituições do Brasil participantes, entre elas o HUB. “Foi uma oportunidade importante para troca de informações e esclarecimento de dúvidas”, avaliou a líder da iniciativa no HUB e chefe da UTI Adulto, Márcia Seibert Campara. Para o chefe do Setor de Vigilância em Saúde, Rigeldo Lima, “com as informações recebidas, o HUB passa agora à etapa de alinhar as estratégias e efetivamente implantar os processos de trabalho para começar a gerar indicadores”, afirmou Rigeldo.

O grupo saiu do evento com a missão de implementar 50% dos pacotes de medidas relacionados a cada tipo de infecção até agosto deste ano, quando está previsto o próximo encontro nacional. Na prática, algumas atividades já estão em fase de testes na UTI, como manutenção da cabeceira elevada a 30-45 graus, higiene oral dos pacientes, inclusão de visitas da equipe multidisciplinar, participação da família e do paciente na tomada de decisões e melhora da identificação de leitos e pacientes.

O projeto

A iniciativa foi formalizada com os 120 hospitais do país em dezembro de 2017, sendo coordenada pelo Ministério da Saúde em parceria com cinco hospitais de excelência do Brasil: Hospital Alemão Osvaldo Cruz (SP); Hospital do Coração (SP); Hospital Israelita Albert Einstein (SP); Hospital Sírio Libanês (SP) e Hospital Moinhos de Vento (RS), sendo este último o tutor do HUB no projeto. No Distrito Federal, além do HUB, também participam os hospitais: de Base, Regional do Gama (HRG), Materno-Infantil de Brasília (HMIB), Regional da Asa Norte (HRAN) e Instituto de Cardiologia (IC). 

A expectativa é evitar cerca de 8.500 acidentes adversos seguidos de morte por ano nas UTIs dos hospitais participantes. A medida prevê também uma redução de R$ 1,2 bilhão de gastos com tempo de permanência do paciente nos leitos e com a utilização de insumos. O investimento total do projeto será de R$ 17 milhões em isenção fiscal. O plano será construído por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS) em parceria com o Institute for Healthcare Improvement.

Sobre a Ebserh

Desde janeiro de 2013, o HUB-UnB faz parte da Rede Ebserh. Vinculada ao MEC, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) atua na gestão de hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

A empresa, criada em dezembro de 2011, administra atualmente 40 hospitais e é responsável pela gestão do Rehuf, programa que contempla ações em todas as unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.

Com informações do HUB-UnB