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Projeto dá apoio a gestantes e acompanhantes para a vivência do parto

“Vou parir, vou tranquila”

Projeto dá apoio a gestantes e acompanhantes para a vivência do parto

Iniciativa da Meac-UFC busca empoderar a mulher na gestação e no momento do nascimento

Fortaleza (CE) – É natural que grávidas sintam uma enorme ansiedade em relação à hora do parto, principalmente quando são mães de primeira viagem. Espontaneamente, se enchem de insegurança e dúvidas. Perguntas como: “Quando procurar a maternidade?”, “Como saber se estou em trabalho de parto?” e “Como lidar com este desconforto em casa?” são algumas das que mais afligem as grávidas. Por isso, profissionais da Maternidade Escola Assis Chateaubriand da Universidade Federal do Ceará (Meac-UFC) criaram um projeto de capacitação voltado para as gestantes. A unidade faz parte da Rede Ebserh,

O projeto “ Apoio às gestantes e acompanhantes para a vivência do parto”, que tem como slogan “Vou parir, vou tranquila”, busca empoderar a mulher na gestação e no momento do nascimento. A enfermeira Ineida Sales, chefe imediata da Emergência da Maternidade-Escola, é uma das facilitadoras e coordenadora do projeto. Segundo ela, a iniciativa partiu da necessidade observada na emergência no dia-dia como profissional.

“O público-alvo são as mulheres que vão à maternidade e, sem indicação de internação, saem um pouco inseguras, têm medo de retornar para casa, talvez porque estão sentindo alguma dor ou não aceitam muito bem as orientações que são dadas naquele momento. Às vezes, a própria família não aceita a recomendação dela voltar para casa”, explica.

Mãe pela primeira vez, Wanessa Pereira da Silva, 18, estava grávida de 9 meses, quando chegou à Meac no exato momento da roda de conversa. Pensava que o bebê estava chegando, pois sentia dores na barriga e nas costas. Mas não era o momento ainda. Mesmo assim, foi encaminhada para Casa da Gestante, do Bebê e da Puérpera, a fim de receber alguns cuidados até a hora certa. “Estava numa escala de avalanche emocional, cheia de medo e dor, mas aí quando começaram a falar e mostrar como tudo acontece, até que veio um pouco de alívio e o estresse acabou diminuindo”, conta a mãe de Maria Leticya, que nasceu no dia seguinte, 10 de novembro, saudável e sem nenhuma complicação.

O projeto é realizado todas as quintas-feiras, às 10 horas da manhã, trabalhando de duas formas: uma é roda de conversa, onde se reúnem no grupo de terapias integrativas, que é um espaço para desenvolver o trabalho; e o outro momento é a assistência individual, que trabalha a ansiedade, os medos e receios. “A ideia é ampliar o conhecimento dessas mulheres e de seus acompanhantes na gestação e no parto, fomentando a discussão em grupo de como lidar com os desconfortos do trabalho de parto e o parto”, afirma Ineida Sales.

A iniciativa conta com a participação de estudantes e residentes de Medicina e apoio de grupos de pesquisa, Liga da Ginecologia e Obstetrícia e Liga de Anestesiologia e da Dor da UFC, além de outros profissionais da área de Enfermagem, Medicina, Psicologia e Serviço Social. 

Sobre a Ebserh

Desde novembro de 2013, o a Meac-UFC faz parte da Rede Ebserh. Estatal vinculada ao Ministério da Educação, a Ebserh administra atualmente 39 hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do SUS, e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

A empresa, criada em dezembro de 2011, também é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações nas 50 unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.

Com informações do HUWC-UFC