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Plano de contingenciamento do HU-UFGD gera economia de R$ 15 milhões

Dourados (MS)

Plano de contingenciamento do HU-UFGD gera economia de R$ 15 milhões

Iniciativa tem dois anos e é baseada em boas práticas de gestão

Dourados (MS) - Uma economia de mais de R$ 15 milhões em um período de dois anos. Com início em dezembro de 2015, o Plano de Contingenciamento de Despesas e Economia do HU-UFGD tem dado resultados expressivos.

O objetivo, conforme o gerente administrativo do HU-UFGD, Paulo César Nunes da Silva, foi estudar e adotar medidas para diminuir despesas com custeio, envolvendo toda a comunidade hospitalar. “Todos colaboraram e vêm colaborando, com ações que vão desde o micro, como não deixar luzes e aparelhos de ar condicionado ligados sem necessidade, até o macro, com a implantação de tecnologias mais sustentáveis, por exemplo”, afirma o gestor da unidade, que é filial da Ebserh.

Na última semana, após dois anos do lançamento do esboço do Plano de Contingenciamento de Despesas e Economia, foram apresentados os resultados monitorados pelos setores envolvidos, assim como as boas práticas empregadas para que a redução de custos se tornasse realidade.

Em todo o período, as medidas possibilitaram uma economia que significa em média mais de R$ 1,2 milhão ao mês, superando amplamente a meta proposta no início do plano, que era de reduzir o custeio da instituição em montantes que variassem entre R$ 350 e R$ 500 mil mensais.

Boas práticas em infraestrutura e hotelaria hospitalar

Anteriormente à execução do plano, a administração do HU-UFGD já vinha estudando formas de diminuir gastos em diferentes frentes de atuação como infraestrutura física e aquisição de medicamentos. Com o planejamento, essas e outras iniciativas foram catalogadas e unificadas a novas ações de contingenciamento, instaurando no ambiente hospitalar uma cultura de fiscalização e economia.

Em áreas de custeio como energia elétrica por exemplo, mesmo com os frequentes aumentos das tarifas, houve redução de consumo, gerando uma economia de quase R$ 60 mil no período, reflexo de investimentos feitos em manutenções na rede elétrica e nos aparelhos de ar condicionado e na instalação de iluminação com lâmpadas de LED em alguns setores do hospital.

Também houve grande economia na utilização de água. De 2015 até agora, houve redução de 24,56% no consumo e cerca de R$ 335 mil deixaram de ser gastos. Como fatores responsáveis por esses índices, destacam-se a desativação da caldeira usada no funcionamento das secadoras de roupa – substituída por outra tecnologia, mais segura e econômica –, a manutenção da rede hidráulica e a otimização dos processos da lavanderia.

Outros focos de moderação resultantes de investimentos e melhorias em infraestrutura e hotelaria hospitalar: menor consumo de oxigênio líquido em função da substituição dos pontos de uso (economia de R$ 167 mil no período); troca do sistema de caldeiras por gás liquefeito de petróleo (GLP), cujo investimento de R$ 65 mil gera uma economia de quase R$ 600 mil ao ano; novos contratos, com processos otimizados, de higienização e lavanderia; menor desperdício de alimentos, em função da regulamentação do fornecimento de refeições a funcionários, acadêmicos, residentes e acompanhantes de pacientes, e investimento em um adequado sistema de  gerenciamento de resíduos.

Otimização em processos de compra, serviços, armazenamento e gestão de pessoas

Além disso, setores como Suprimentos, Administração, Farmácia e Gestão de Pessoas mudaram e otimizaram processos, alcançando marcas inéditas em economia para o HU-UFGD. Uma delas é a redução de gastos com gases medicinais, em virtude da alteração da forma de aquisição: antes eram comprados por preço unitário e atualmente são adquiridos por lote, proporcionando economia de R$ 57 mil no período de dois anos.

O Almoxarifado, por sua vez, vem realizando um minucioso trabalho para reorganizar os estoques do hospital, e já conseguiu reduzir o número de espaços físicos externos ao prédio do HU-UFGD utilizados para o armazenamento de itens – antes eram necessários dois barracões alugados e, hoje, apenas um é suficiente –, diminuindo assim custos com aluguel, água, energia elétrica e vigilância, num total de R$ 312 mil economizados ao ano.

Medicamentos de alto custo passaram a ter sua solicitação detalhadamente analisada, procedimento que foi regulamentado por normativa interna. A avaliação da real necessidade desses tipos de remédio é vinculada ao quadro específico do paciente, às alternativas de produtos existentes no mercado farmacêutico e à possibilidade de fornecimento do item por programas do Ministério da Saúde, tudo isso sem diminuir a qualidade do atendimento prestado, gerando mais de R$ 1,5 milhão em economia no período.

Por fim, em 2016, a administração do hospital obteve grande êxito na diminuição de sua maior fonte de despesas, referente ao pagamento de salários a profissionais médicos contratados de forma temporária. Além de se configurarem em vínculos inadequados e instáveis, que deveriam ser usados apenas para situações emergenciais, os contratos precarizados resultavam em um custo mensal de cerca de R$ 1 milhão ao HU-UFGD, onerando, assim, a verba que deveria ser empregada em custeio e investimentos.

Em abril de 2017, portanto, a instituição encerrou seus últimos vínculos temporários, após a contratação de dezenas de médicos mediante concurso público da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal a qual é filiada. Dessa forma, os salários que antes eram pagos com dinheiro que deveria ser usado para a ampliação e a melhoria dos serviços, atualmente são custeados pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, órgão responsável pelo custeio das folhas de pagamento do funcionalismo público federal.

Sobre a Ebserh

Desde setembro de 2013, o HU-UFGD é filiado à Ebserh, estatal vinculada ao MEC, que administra atualmente 39 hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

O órgão, criado em dezembro de 2011, também é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações nas 50 unidades existentes no País, incluindo as não filiadas à Ebserh.

Com informações do HU-UFGD