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Hospital Universitário de Brasília atende indígenas em mutirão ginecológico

Prevenção

Hospital Universitário de Brasília atende indígenas em mutirão ginecológico

Atendimento ocorreu no Santuário dos Pajés com a parceria da Secretaria de Saúde do DF

Brasília (DF) – Com pintura nova, maca, mesa, cadeiras e iluminação, o Hospital Universitário de Brasília (HUB), vinculado à Universidade de Brasília (UnB) e à Rede Ebserh, transformou em consultório um dos cômodos de uma antiga casa do Santuário dos Pajés, localizado próximo ao bairro Noroeste, no distrito Federal. A estrutura, que ficará disponível para uso da comunidade, foi instalada para o mutirão ginecológico realizado na última sexta-feira, 6, que possibilitou o atendimento de aproximadamente 30 mulheres indígenas.

Elas passaram por consulta com médico de família e coleta do exame preventivo papanicolau. “Identificamos essa demanda de saúde durante o mutirão realizado em novembro de 2017. O HUB realiza essas ações com responsabilidade para garantir a continuidade do acompanhamento”, explicou a chefe da Divisão de Gestão do Cuidado do hospital, Micheline Meiners. 

A moradora Márcia Guajajara, de 42 anos, chegou cedo para garantir a primeira vaga na consulta. “Estou achando muito bom esse atendimento, porque há alguns anos não faço preventivo e preciso cuidar dessa parte”, disse. A iniciativa contou com a parceria da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), por meio da Unidade Básica de Saúde (UBS) 3 da Asa Norte, para onde serão enviados os resultados dos exames. Em seguida, haverá a definição dos diagnósticos e início das intervenções necessárias. 

A gerente da UBS, Ana Carolina Martins, reforçou a importância do deslocamento dos profissionais até a comunidade, tirando os indígenas de situação de vulnerabilidade. “Uma equipe de Saúde da Família deve visitar o local a cada 15 dias e, depois de atendidas as demandas mais urgentes, a cada mês para acompanhamento”, declarou.

As visitas quinzenais também serão acompanhadas pelos profissionais do Ambulatório de Saúde Indígena do HUB. “Além disso, uma vez por semana realizaremos aqui atividades de promoção de saúde, com foco em outros temas, como meio ambiente”, afirmou a responsável pelo ambulatório, Maria da Graça Hoefel.

A ação contou com o apoio de 15 pessoas, entre médicos e profissionais de enfermagem da UBS e do HUB e alunos de graduação em Saúde Coletiva, Ciências Sociais, Enfermagem e Medicina da UnB, sendo três deles indígenas. “É uma oportunidade de conhecer o território e o contexto em que eles estão inseridos, além da queixa que geralmente apresentam na UBS”, afirmou a aluna do 7º semestre de Saúde Coletiva, Ana Carolina Ribeiro.

Assistência à população indígena

Considerados não aldeados, os moradores do Santuário dos Pajés caem no chamado vazio assistencial. As necessidades de saúde dessa comunidade são atendidas atualmente pela UBS 3 da Asa Norte e também pelo Ambulatório de Saúde Indígena do HUB, que existe desde 2013. O serviço é formado por profissionais de saúde, professores e alunos da UnB, a maioria indígena. Eles são responsáveis pelo acolhimento dos pacientes indígenas e acompanhamento nas consultas, procedimentos e internação. Esse trabalho facilita o contato entre médico e paciente, já que reduz as dificuldades causadas pelas diferenças culturais.

Sobre a Ebserh

Desde janeiro de 2013, o HUB-UnB é filiado à Rede Ebserh. Estatal vinculada ao Ministério da Educação, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) administra atualmente 39 hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do SUS, e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

A empresa, criada em dezembro de 2011, também é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações em todas as unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.

Com informações do HUB-UnB