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HUB implanta ferramenta para acompanhar redução de infecções na UTI

Brasília

HUB implanta ferramenta para acompanhar redução de infecções na UTI

Quadro apresenta dados e metas do projeto do Ministério da Saúde “Melhorando a Segurança do Paciente”

Brasília (DF) - Gráficos, metas, objetivos e ações em andamento. Agora, todas as informações do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB) relacionadas à redução das taxas de infecções na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estão disponíveis e acessíveis aos profissionais que atuam no serviço. A colocação do quadro explicativo na unidade integra as medidas para implantação do projeto “Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil”, do Ministério da Saúde. A responsável pela UTI e líder da atividade no HUB, Márcia Campara, apresentou a ferramenta visual à equipe nesta quarta-feira (23).

“O HUB é um dos 120 hospitais públicos do país que foram selecionados para fazer parte do projeto”, afirmou Márcia. Além do quadro, outra iniciativa já implantada para facilitar a organização dos fluxos de trabalho é a separação dos profissionais em três times, identificados por cores. O objetivo é atingir a meta do programa, que é reduzir 50%, até 2020, três tipos de infecção: da corrente sanguínea associada ao uso de Cateter Venoso Central (CVC), de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) e infecção do trato urinário (ITU).

Para alcançar esse resultado, a equipe deve colocar em prática uma série de pacotes de medidas, chamados bundles, que estabelecem ações para cada tipo de infecção. “Precisamos ter 95% de adesão às práticas. Mensalmente serão atualizados os gráficos do quadro, o que ajudará a identificar os nós críticos de cada processo”, explicou o responsável pela Divisão de Enfermagem, Rigeldo Lima.

A gerente de Atenção à Saúde, Alaíde Castro, reforçou a importância da mudança cultural da equipe. “Junto com o processo clínico, vem o cultural, com o cuidado centrado no paciente, o fortalecimento da equipe multiprofissional e a maior participação da família nas decisões do tratamento”, avaliou ela. “Temos que encarar o esse desafio de transformar o cuidado. É um exercício diário pensar em sistematizar e depois manter os resultados conquistados”, complementou a superintendente, Elza Noronha.

Para a fisioterapeuta Riane Timo, o projeto gera vários benefícios. “Se totalmente implementada, a iniciativa aumentará a rotatividade de leitos, reduzirá a internação e os custos e trará melhor qualidade de vida ao paciente no período pós-alta”. “O projeto representa oportunidade de melhoria, embora apresente algumas dificuldades. É preciso ter fluxos e instrumentos de contraponto mais bem definidos”, pondera o médico João Paulo Borges. 

O projeto

A iniciativa foi formalizada com os 120 hospitais do país em dezembro de 2017, sendo coordenada pelo Ministério da Saúde em parceria com cinco Hospitais de Excelência do Brasil: Hospital Alemão Osvaldo Cruz (SP); Hospital do Coração (SP); Hospital Israelita Albert Einstein (SP); Hospital Sírio Libanês (SP) e Hospital Moinhos de Vento (RS), sendo este último o tutor do HUB no projeto. A expectativa é evitar cerca de 8.500 acidentes adversos seguidos de morte por ano nas UTIs dos hospitais participantes. O plano será construído por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS) em parceria com o Institute for Healthcare Improvement.

Imagens:

Com informações do HUB