Curitiba (PR) - O dia 26 de maio é marcado como o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, segunda maior causa de cegueira no mundo –  depois da catarata, reversível com cirurgia –  e a principal causa de cegueira permanente. Os idosos são os principais acometidos pela doença, que não tem cura. Nela, o nervo óptico, principal nervo que conecta o cérebro aos olhos, é danificado devido à alta pressão ocular.

Um fato digno de atenção, segundo Lisandro Sakata, oftalmologista do Complexo Hospital de Clínicas (CHC), é o tempo que pode passar até que o paciente seja diagnosticado. “É uma doença assintomática e a perda da visão acontece de forma gradativa e lenta, o que faz com que o paciente só a perceba quando já está em estágio avançado”, explica.

O aumento da pressão ocular é a causa dos danos ao nervo óptico, mas o que o provoca não é conhecido. Histórico da doença na família, lesões oculares, idade e mesmo o uso de corticoides são alguns dos fatores que influenciam em sua ocorrência.

A conscientização se faz necessária para que os casos possam ser detectados e adequadamente tratados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, até 2020, 80 milhões de pessoas ao redor do mundo terão glaucoma.

Atendimento no Sistema Único de Saúde

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece consultas, exames de diagnóstico e medicamentos para o tratamento da doença – recomenda-se que pessoas com o diagnóstico façam acompanhamento três vezes por ano. Em 2015, foram registrados 1,5 milhão de atendimentos.

O tratamento é feito com colírios que controlam a pressão intraocular, mas não podem recuperar os danos sofridos pela visão. Esses colírios são distribuídos pela rede pública de saúde.

Complexo Hospital de Clínicas conta com novos equipamentos  

Com dez anos de existência, o Centro da Visão do CHC é referência no atendimento de pacientes com glaucoma. Para Lisandro Sakata, “ter equipamentos de ponta que possibilitem os exames de diagnóstico e acompanhamento é fundamental”.

Recentemente, o Centro da Visão recebeu doações da Associação Amigos do HC (AAHC) que possibilitam o melhor atendimento a comunidade. Entre eles estão cadeiras; um biomicroscópio ocular; tonômetro para medição da pressão do olho, microscópio cirúrgico e aparelho de paquimetria, que permite a averiguação da espessura da córnea.

Sobre a Ebserh

Desde outubro de 2014, o Complexo Hospital de Clínicas faz parte da Rede Ebserh. Estatal vinculada ao Ministério da Educação, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) atua na gestão de hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do SUS, e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

A empresa, criada em dezembro de 2011, administra atualmente 39 hospitais e é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações em todas as unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.