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Índice de reinternação de mulheres que acabaram de dar à luz é baixo no HC-UFTM

Estudo

Índice de reinternação de mulheres que acabaram de dar à luz é baixo no HC-UFTM

Dado é de um projeto de pesquisa e extensão desenvolvido durante 12 meses

Uberaba (MG) – Apenas 3,1% das mulheres que deram à luz no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM, vinculado à Rede Ebserh, retornam ao pronto-atendimento do setor de Ginecologia e Obstetrícia (GO) devido a complicações. O dado é de um projeto de pesquisa e extensão desenvolvido durante 12 meses, com término em maio deste ano. 

Coordenadora do trabalho, a professora e enfermeira Mariana Ruiz afirma que o índice encontrado está abaixo da média nacional, de 5%. Ela credita o resultado satisfatório à equipe da GO. “São profissionais muito atentos e que reforçam as orientações relativas ao pós-alta”, justifica. 

O objetivo do projeto, de acordo com Ruiz, foi descobrir quantas mães buscam o pronto-atendimento da GO devido a complicações pós-parto (hemorragia, embolia, trombose) e quantas necessitam de reinternação. Para isso, o grupo de trabalho – composto por 19 membros – coletou dados de 162 mulheres que acabaram de dar à luz (puérperas), de julho a setembro de 2017. 

“Investigamos qual foi o tipo de parto, se houve alguma complicação, há quantos dias estava internada, entre outras informações”, explica a professora. Posteriormente, o grupo analisou o prontuário da paciente para verificar se ela havia voltado ao HC, com exceção das consultas agendadas.

Resultado e extensão

Cinco mulheres (3,1%) procuraram o pronto-atendimento da GO após o parto. Apenas duas precisaram se reinternar, sendo as alterações: infecção de líquido amniótico e rompimento dos pontos operatórios.  

A fim de esclarecer conceitos técnicos e promover educação em saúde para prevenir complicações, 14 alunos da graduação em Enfermagem da UFTM – incluindo duas bolsistas do projeto – elaboraram uma cartilha, inclusive as ilustrações, orientando sobre os cuidados no resguardo. 

De setembro a dezembro de 2017, foram distribuídas 107 cartilhas. Todas as mães foram convidadas a avaliar o material por meio de questionário. Das 14 que responderam, 80% classificaram a cartilha como ótima. Quanto à utilidade, 87% apontaram como extremamente útil. E 93% acharam a linguagem simples. 

Colaboradora do projeto, a estudante do 8º período de Enfermagem Sarah Gazarra conta que o maior desafio foi conciliar o tempo. “Fazíamos a cartilha no intervalo das aulas”, lembra. Ela topou participar - mesmo sem bolsa - porque almeja seguir carreira na área de Obstetrícia.   

Publicado em dezembro de 2016, o edital da Gerência de Ensino e Pesquisa do HC-UFTM financiou nove pesquisas com interface na assistência, disponibilizando duas bolsas mensais de R$ 400 por projeto. Os resultados de todos os estudos desenvolvidos estão disponíveis no site do Hospital de Clínicas.

Sobre a Ebserh

Desde janeiro de 2013, o HC-UFTM faz parte da Rede Ebserh. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) atua na gestão de hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

A empresa, criada em dezembro de 2011, administra atualmente 40 hospitais e é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações em todas as unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.

Com informações do HC-UFTM