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Procedimento inédito na rede pública do Maranhão é realizado no HU-UFMA

Tratamento no fígado

Procedimento inédito na rede pública do Maranhão é realizado no HU-UFMA

Técnica endovascular minimamente invasiva é denominada quimioembolização de tumor hepático

São Luís (MA) - O Hospital Universitário da UFMA (HU-UFMA), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), deu mais um passo importante para a oferta de serviços de saúde à população maranhense. Trata-se de procedimento inédito na rede pública do estado do Maranhão, o tratamento endovascular minimamente invasivo denominado quimioembolização de tumor hepático.

Segundo o médico radiologista intervencionista do HU-UFMA, Raimundo Teixeira Junior, este é um tratamento paliativo que visa a diminuição do tamanho do tumor hepático (fígado) e/ou limitar seu crescimento. A iniciativa proporciona o aumento da sobrevida e da qualidade de vida, diminuindo os sintomas e, em alguns casos, permitindo que o paciente seja submetido a uma cirurgia curativa como a ressecção da lesão neoplásica ou um transplante hepático.

Bruce Bezerra, médico radiologista intervencionista do HU-UFMA, explica como é feito o procedimento. “Para ser mais fácil o entendimento, é como se fosse um cateterismo cardíaco. Consiste em inserir um cateter por meio da artéria radial (braço) ou femoral (virilha) indo até a artéria hepática, que é a grande artéria nutridora do tumor. De forma bem seletiva, é feita a administração do quimioterápico dentro do tumor, causando a morte celular e a diminuição daquele tumor por falta de sangue e por falta de nutrientes, não comprometendo as estruturas vizinhas”.

Diagnóstico tardio

A quimioembolização iniciou como um tratamento paliativo àqueles pacientes que não tinham critérios de cirurgia e/ou transplante, os dois principais tratamentos curativos do hepatocarcinoma (HCC). Hoje, o grande problema do HCC no mundo é que o diagnóstico é feito em uma fase mais tardia, em que até 80% dos pacientes não possuem mais critério de operabilidade. Mas, com o advento dos exames obtêm-se uma quantidade maior de pacientes com o diagnóstico precoce e consegue-se operar depois do auxílio da quimioembolização.

O tratamento vai proporcionar ao paciente a redução tumoral de modo que ele permaneça na fila para um eventual transplante. É mais um arsenal para o cirurgião do aparelho digestivo e para o hepatologista tratar o paciente. Dessa forma, é possível colaborar com o tratamento desses tumores, que são muitas vezes agressivos e evoluem em um curto espaço de tempo. O paciente tem um curto período de internação, média de 1 ou 2 dias, além da diminuição dos efeitos colaterais, já que não há a circulação do quimioterápico por todo o corpo como na quimioterapia convencional.  

A chefe do Setor de Apoio Diagnóstico do HU-UFMA, Frankcelina Sandra de Sousa Lima, destacou a importância desse procedimento. “É um avanço significativo para a saúde de nosso estado. É um grande feito para a Instituição a oportunidade de oferecer tratamento de ponta à população tão carente de serviços de alta complexidade ofertados pelo SUS”. 

Sobre a Ebserh

Desde janeiro de 2013, o HU-UFMA faz parte da Rede Ebserh. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) atua na gestão de hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

A empresa, criada em dezembro de 2011, administra atualmente 40 hospitais e é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações em todas as unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.

Imagens:

Com informações do HU-UFMA