Notícias Notícias

Voltar

Dia Mundial da Sepse tem ação no Hospital Universitário de Lagarto

AÇÃO

Dia Mundial da Sepse tem ação no Hospital Universitário de Lagarto

Em pauta, diagnóstico precoce, protocolo de atendimento e assistência multiprofissional

Ação realizada nesta quarta e quinta-feira no Hospital Universitário de Lagarto (HUL-UFS) discutiu e conscientizou sobre a importância do diagnóstico precoce da sepse, mais conhecida como infecção generalizada. A iniciativa é realizada no ensejo do Dia Mundial da Sepse, neste 13 de setembro, instituído para conscientizar e dar maior visibilidade à problemática da doença, que acomete cerca de 430 mil brasileiros todos os anos. 

A ação envolveu professores dos departamentos de fisioterapia, medicina e enfermagem da UFS Lagarto, em parceria com a unidade hospitalar, compreendendo palestras e ação educativa com distribuição de material informativo para os profissionais e acompanhantes  do hospital.

“É um privilégio estar neste evento com a finalidade de abordarmos a Sepse em sua fase inicial, instituir protocolos de atendimento e melhorar a assistência multiprofissional em saúde”, destacou Cátia Maria Justo, professora da UFS e responsável técnica da UTI do HUL.

“O objetivo é diagnosticar a sepse em tempo hábil a fim de intervir e tratar o mais cedo possível, minimizando sequelas e mortalidade”, observou Fernanda Oliveira, professora de fisioterapia da UFS. Para Eric de Almeida Santos, interno de enfermagem do HUL e um dos palestrantes do evento a iniciativa proporciona melhorias nos processos de trabalho. “E consequentemente aumenta a qualidade da assistência aos pacientes”, disse.

A doença

Conhecida antigamente como septicemia ou infecção generalizada, trata-se de uma inflamação generalizada do próprio organismo contra uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão. De acordo com o Instituto Americano da Sepse (ILAS), por vezes a infecção pode estar localizada em apenas um órgão, mas termina provocando em todo o organismo uma resposta com inflamação numa tentativa de combater o agente da infecção. Inflamação essa, que pode comprometer o funcionamento de vários dos órgãos do paciente. O quadro é conhecido como disfunção ou falência de múltiplos órgãos.

Ainda segundo o instituto, pelo menos 430 mil brasileiros têm sepse todos os anos, sendo que desses 200 mil sobrevivem - contingente que muitas vezes desenvolve complicações após a alta hospitalar como limitações físicas para atividades do dia-a-dia, déficits cognitivos, comprometimento da saúde mental, ansiedade, síndrome do estresse pós-traumático e novas infecções. Além das sequelas, 40% desses pacientes são readmitidos em unidades hospitalares, sendo novas infecções a causa principal de readmissão.

O ILAS é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em 2004 com o objetivo de auxiliar no processo de aperfeiçoamento da qualidade assistencial do paciente com sepse. De acordo com a entidade, a sepse é responsável por 25% da ocupação de leitos em UTIs no Brasil, sendo atualmente a principal causa de morte em UTIs e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto do miocárdio e o câncer. A doença é a principal geradora de custos nos setores público e privado devido a necessidade de utilizar equipamentos sofisticados, medicamentos caros e exigir trabalho intensivo das equipes médico-assistenciais.

Sobre a Ebserh

Vinculada ao Ministério da Educação, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) atua na gestão de hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

Criada em dezembro de 2011, a empresa administra atualmente 40 hospitais, sendo responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações em todas as unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.