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Unidade de Pediatria inicia projeto para manejo da dor em crianças internadas

Humanização

Unidade de Pediatria inicia projeto para manejo da dor em crianças internadas

As chamadas "caixas de distração" reúnem brinquedos lúdicos, como miniaturas de dinossauros, óculos de realidade virtual, casinhas e bonecas

A dor é o sintoma mais referido por crianças internadas em instituições de saúde. Para melhorar o manejo da dor e da ansiedade das crianças internadas no Hospital das Clínicas da UFMG, uma equipe da Unidade de Pediatria, Cirurgia e Terapia Intensiva Pediátrica criou um projeto, que teve início na última terça-feira (25), que utiliza atividades lúdicas durante procedimentos dolorosos com o objetivo de reduzir o uso de medicamentos.

Para isso, são usadas as chamadas “caixas de distração”, caixas plásticas compostas por brinquedos e equipamentos adequados para as diversas faixas etárias. De acordo com a coordenadora médica e responsável técnica do CTI Pediátrico, Adrianne Sette, diversos trabalhos na literatura propõem o uso de técnicas não-farmacológicas no manejo da dor em crianças, que podem ser: respiração, massagem, jogos, brinquedos, colorir, livro de imagem, desenho, contar histórias, imaginação mental e metáfora terapêutica. “Nós criamos um protocolo de sedação de pacientes por não-anestesiologistas e, a partir desse protocolo e de vários estudos, avaliamos as melhores estratégias para o manejo da dor em nossas crianças internadas e idealizamos as caixas de distração”, contou.

Os brinquedos – miniaturas de dinossauros, óculos de realidade virtual, casinhas e bonecas- foram doados pelo professor do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG, Joaquim Antônio César Mota, e pelo empresário Leonardo Souza Lima Bedran, da Casa Pérola, por meio do Minas Tênis Solidário, projeto voluntário do Minas Tênis Clube. Eles compõem seis caixas de distração, sendo que duas foram destinadas ao CTI Pediátrico, duas para as enfermarias do sexto andar e duas para as enfermarias do décimo andar.

Durante um procedimento doloroso ou desagradável, como a punção de uma veia, é proposto pelo profissional de saúde um tipo de atividade lúdica com os brinquedos para distrair a criança e diminuir a dor. Por isso mesmo, a equipe médica e assistencial tem recebido treinamento desde a última terça-feira (25). “No treinamento são apresentados os motivos, benefícios da intervenção, os efeitos positivos. É um projeto piloto. Estamos começando a usar e, ao longo do tempo, vamos ver os resultados e repensar o que for necessário”, completou Adrianne.

O treinamento está sendo realiado pela aluna do 10º período de Enfermagem, Juliana Barony, autora do projeto de intervenção “Uso do brinquedo terapêutico em unidades pediátricas”, sob orientação da professora Elysângela Diattz Duarte.

Redação: Luna Normand (jornalista Unidade Comunicação HC-UFMG) 

 

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