Hospital das Clínicas

Universidade Federal de Minas Gerais - HC-UFMG

Neonatologia Neonatologia

Neonatologia

A Neonatologia do Hospital das Clínicas da UFMG

O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais – HC-UFMG é um hospital geral, público universitário e centro de referência para o Sistema Único de Saúde em Minas Gerais – SUS/MG em assistência de alta complexidade. Constitui-se como campo de ensino e produção do conhecimento para os cursos de medicina, enfermagem, farmácia, fisioterapia, odontologia, terapia ocupacional, psicologia, nutrição, fonoaudiologia e tecnologia em radiologia, vinculados aos programas de graduação, pós-graduação e extensão da UFMG. É centro colaborador para qualidade da gestão e assistência hospitalar do Ministério da Saúde e centro de pesquisa clínica do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Na área de educação continuada, destaca-se o centro de telessaúde, com ênfase na teleassistência, teleconsultoria, telediagnóstico e teleeducação, com objetivo de fornecer serviços e desenvolver pesquisas no campo da telessaúde, em uma parceria com 6 universidades públicas do Estado.

A integração gerencial da obstetrícia e neonatologia ocorreu em 2000 com a implementação da Unidade Funcional Ginecologia, Obstetrícia e Neonatologia, possibilitando o aprimoramento de práticas clínicas integradas em perinatologia. O Centro de Medicina Fetal é referência no Estado para diagnóstico e condução de casos de anomalias fetais e é conduzido por um grupo interdisciplinar incluindo obstetra-fetologista, geneticista e neonatologista.

A Unidade Neonatal de Cuidados Progressivos possui 32 leitos flexibilizados de cuidados intensivos e intermediários, incluídos quatro leitos de cuidados Canguru, além de 20 leitos de alojamento conjunto mãe-filho. Essa Unidade presta assistência aos recém-nascidos cujos nascimentos ocorreram no próprio hospital. Para os recém-nascidos referenciados de outros hospitais ou outros municípios do Estado, o atendimento intensivo é realizado no centro de tratamento intensivo pediátrico, com 14 leitos, e posteriormente na enfermaria de pediatria.

O ambulatório de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de recém-nascidos prematuros (ACRIAR), para crianças com idade gestacional menor que 34 semanas e/ou peso ao nascer igual ou menor que 1500g, funciona em hospital anexo ao HC-UFMG - Bias Fortes, desde 1988. São atendidas cerca de 500 consultas pediátricas por ano entre primeiras consultas e retornos. O acompanhamento é realizado desde a primeira alta hospitalar, para a terceira fase do método mãe-canguru, até os sete anos de idade cronológica, com a participação de uma equipe multiprofissional permanente composta por pediatras, neuropediatra, enfermeiras, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicóloga e assistente social. Médicos residentes de pediatria e neurologia, alunos bolsistas de extensão multiprofissionais, alunos de pós-graduação participam do ambulatório, com atividades de extensão, ensino e pesquisa. As demais crianças de alto risco para morbimortalidade infantil, são atendidas em ambulatório de atenção secundária, implementado para esse fim. Crianças potencialmente saudáveis são acompanhadas em ambulatórios do serviço de atenção primária do município de Belo Horizonte ou no município de origem da mãe.

São realizados, em média,190 partos ao mês. A distribuição de pesos ao nascer, no total de nascidos vivos, em partos únicos e sem malformações congênitas é a seguinte: <1000g: 1,2%; 1000g<1500g: 1,9%; 1500g<2000g: 3,7%; 2000<2500g: 9,8%; =>2500g: 83,5%. A idade gestacional tem a seguinte distribuição: <28s: 0,9%; 28s-31s: 2,5%; 32s-34s: 4,7%; 35s-36s: 8,6%; =>37s:83,6%. O índice de malformações congênitas alcança 12% do total dos nascidos vivos. O serviço integra o grupo de instituições que participa do estudo colaborativo latino-americano de malformações congênitas - ECLAMC.

A equipe perinatal é composta por professores do Departamento de Pediatria e Departamento de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFMG e médicos pediatras concursados, a maioria deles com área de atuação em neonatologia e grande parte com qualificação acadêmica. O quadro de enfermagem é composto por enfermeiras especialistas em neonatologia, obstetrícia e generalistas. O grupo médico é complementado pelo oftalmologista-retinólogo e pelas equipes da genética, imagenologia, neurologia clínica e cirúrgica, cardiologia, nefrologia, cirurgia pediátrica e cardiovascular apoiados pelas equipes   da nutrição, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia e assistente social.

A Unidade Neonatal está inserida no programa de pós-graduação em Saúde da Criança e do Adolescente para os cursos de mestrado e doutorado e é local de ensino para alunos da disciplina Estágio em Clínica Pediátrica do Curso de Medicina da UFMG e do Curso de Enfermagem da UFMG.

É "Hospital Amigo da Criança”, desde 2008 e constitui centro de capacitação em aleitamento materno de acordo com normalização do UNICEF/MS-Brasil. Integra a rede de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso – Método Canguru, contanto com tutores responsáveis pela disseminação do Método. Além disso, possui comitês de mortalidade materna, fetal, neonatal e infantil e de aleitamento materno.

Pesquisa

Pesquisas clínicas e epidemiológicas inseridas no programa de pós-graduação da saúde da mulher, criança e adolescente, vinculados à pediatria e obstetrícia. Faz parte da Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais estudando  a prática e desenvolvendo um banco de dados permanentes juntamente com outros hospitais em todo o Brasil.

Monitoramento da qualidade da assistência

O monitoramento de indicadores assistenciais, obstétricos e neonatais, com foco na qualificação da atenção perinatal, na implementação de políticas públicas e no desenvolvimento de pesquisas científicas, vem sendo aprimorado desde 1991 a partir de registros clínicos perinatais, em banco de dados eletrônico, integrando obstetrícia e neonatologia. Atualmente utiliza-se o SISMATER, um sistema desenvolvido no próprio serviço, em uma parceria entre a medicina e a ciência da computação. Esse trabalho vem gerando integração e implementação de práticas clínicas potencialmente melhores em perinatologia, teses de mestrado e doutoramento, além de suporte para a gestão nos níveis hospitalar, municipal e estadual. Além do registro eletrônico obstétrico e neonatal de todos nascimentos, ele gera um painel de indicadores considerados fundamentais, de acordo com OMS, para assistência perinatal em serviços de complexidade assistencial quaternária. A taxa de cesarianas, um indicador base da qualidade dos processos clínicos, e as indicações, definidas pela classificação de Robson, são monitoradas como eventos sentinela. Atualmente a taxa está em média 36,4%, dos quais 65,4%, em gravidezes de alto e muito alto risco (doenças maternas e fetais instaladas e de difícil controle.

Contatos: Telefone: (31) 3307.9037

E-mail: neo.hcmg@ebserh.gov.br

 


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